Aborto: Órfão no ventre

02/11/2018

Editorial

Uma jovem entra em uma sala aconchegante, escolhe uma revista dentre as diversas disponíveis. Logo após de algumas folheadas, perde o interesse e solicita a senha do WiFi para a secretária. Depois alguns instantes, uma porta se abre. O médico a chama pelo nome e ela adentra o consultório.

Essa cena é recorrente em vários momentos da vida de uma pessoa, mas a senhorita que acompanhamos não irá fazer uma consulta de rotina. Ela irá sacrificar a criança que está em seu ventre a um deus chamado Moloque. A clínica com decoração sofisticada fica nos arredores de Paris, mas poderia estar na Inglaterra, no Canadá ou outras grandes cidades do mundo.

Diferentemente das cerimonias em praça pública na Fenícia antiga, onde recém-nascidos eram jogados no ventre incandescente de uma estátua com cabeça de touro, o culto a Moloque hoje é praticado diariamente por cerca de 60% dos países, em clínicas e hospitais especializados, muitos desses sustentados por políticas públicas de controle reprodutivo e atenção à mulher. Em O holocausto silencioso, livro de John Powell, nos revela que no mundo são realizadas 55 milhões de abortos todos os anos, isso equivale a cinco holocaustos judeus de bebês indefesos.

No Brazil uma a cada cinco mulheres, ao chegar aos 40 anos, já fez pelo menos um aborto. No ano de 2015, estima-se que 500 mil abortos foram feitos, sendo que 25% dessas mulheres se declararam evangélicas/protestantes. Esses dados são da P.N.A. (Pesquisa Nacional de Aborto), pesquisa realizada pela Universidade de Brasília em parceria com o Instituto Anis de Bioética. Segundo estas informações, ocorreu um aborto a cada dois minutos.

Hoje a legislação brazileira estabelece que o aborto é legalizado somente em casos de estupro, risco à vida da mãe ou em caso de feto anencéfalo (sem cérebro). Existem pressões de vários grupos para que essa prática se torne livre de penalidade jurídica em qualquer circunstância, alegando defesa da dignidade e dos direitos reprodutivos da mulher.

Há uma petição impetrada pelo PSOL (ADPF 442) no STF para que as cláusulas que criminalizam o aborto se tornem inconstitucionais pois, de acordo com eles, ferem o direito da mulher de viver sua sexualidade livre de coerção, discriminação, ou violência, sobre decidir livre e responsavelmente o número, espaçamento entre seus filhos e gozar do mais alto padrão de saúde sexual e reprodutiva.

O STF tem a jurisprudência a favor de questões envolvendo o crime de aborto com a absolvição de pessoas que o praticam. Não podemos permitir que nossa nação seja manchada com o sangue de crianças inocentes, que a idolatria seja praticada a nível institucional. Esse cenário traria o juízo de Deus a todos, pois toda a nação se tornaria conivente nesse pecado abominável.

Ore para que o aborto não seja legalizado no Brazil, que comunistas e feministas não consigam aprovar projetos de lei como este. Para que o STF não atropele suas atribuições e interfira nas leis que protegem o Brazil dessa idolatria sanguinária, que tem causado a morte de tantos bebês. Ore para que a Igreja brasileira desperte para cuidar desses órfãos desprotegidos.


Por Arrependimento Nacional

Fonte: UNB,Center For Reproductive Rights,portal.stf.jus.br/processos